Montanha abaixo, mas não perdido,
apenas de mim descarrilado.
O tempo de águas empedernido,
o tempo de pedra desaguado.
Às vezes, na montanha um gemido,
estalido de galho quebrado,
penas de um pássaro ferido,
e folhas num rio apressado.
Tempo de rio que não tem mar,
num banco de areia parado,
e que reflete o céu sem parar:
um espelho por mim inventado,
rio que rói areia e passado,
esperando a vida passar.