A matéria jornalística nestes tempos de pandemia é a expressão da mais alta sacanagem política em sintonia mundial. E a imprensa brasileira, quase a totalidade, faz o papel de um paredão que ressoa o eco subserviente. E por que o faz? De minha parte não vejo nisso sintomas de amor à verdade.
Inverdades têm sido publicadas como se fossem realidade inquestionável. Com qual objetivo? Na minha humilde opinião, criar um sentimento de ódio e revolta nacional e direcioná-lo segundo interesses obscuros.
Na verdade, esses interesses não são tão obscuros assim: entre os principais, estão os interesses econômicos internacionais na busca de expansão dos negócios, pessoas físicas e jurídicas deslumbradas com presentinhos, figuras nacionais que praticaram inúmeros crimes e estão livres por excesso de provas, grupos ideológicos marxistas que têm necessidade de agitar o fã-clube, bem como toda sorte de oportunistas que aspiram lucros políticos com o caos.
Manchete de hoje (6/3/2021) em um importante jornal:
« OMS: Brasil ameaça o mundo »
A matéria ali publicada desconsidera toda a complexa história mundial do novo coronavírus e afirma que o Brasil ameaça o mundo. Nesse filme, quem é mocinho do bem? Quem é o vilão que vai espalhar o vírus para o mundo inteiro (mundo esse que já está contaminado há mais de um ano)? O vilão é o Brasil. A quem interessa essa imagem? Cada um que procure.
Estou velho, sim, mas enxergo muito bem quem tem "desamor" (*) e preconceito e sai por aí acusando Deus e o mundo de "desamor" (*) e preconceito.
Escrevo isso pensando, principalmente, nos cronistas vermelhos dos principais jornais impressos. Há muito cronista precisando de focinheira de cachorro doido.
(*) Editei o texto para substituir uma certa palavra por "desamor". A internet anda muito estranha... Vou comprar com urgência um dicionário de eufemismos.
Na minha opinião algumas pessoas muito importantes estudaram demais, filosofaram demais, rezaram demais, e outras coisas, também demais...
e finalmente leram demais os livros de Aldous Huxley (Admirável mundo novo) e George Orwell (1984) (pensando que fosse profecia a ser cumprida, vejam só!)...
misturaram tudo, e agora querem salvar a humanidade à força, e para realizar esse delirante objetivo há que se cassar a liberdade dos indivíduos, em todo o mundo.
Isso tem nome: Nova Ordem Mundial.
A TV nada diz sobre os aspectos negativos do grande e radical Big Brother mundial que teremos, com leitura facial por computador e localização das pessoas em tempo real.
E nada diz sobre a tendência de se implantar a política de crédito social, aquela dos países socialistas (mais ou menos assim: se você apoia cem por cento o grande chefe, ganha pontos, se não, você é uma pessoa má, e vai ser perseguida em todos os lugares onde estiver).
Porque, pergunto eu, certos canais de televisão distorcem o conceito de notícia falsa: toda opinião crítica às idéias marxistas é considerada "fake news"...
É... parece que a internet está fazendo concorrência aos canais tradicionais de TV, alguém está perdendo dinheiro!
Parece piada, mas propagam por aí que o melhor critério para saber se uma notícia é falsa ou não, é: "Saíu na TV? Saíu nos grandes jornais? Se não saíu é mentira". Para mim, esse critério é muito suspeito.
Ouvi de fonte segura que, se alguém sair de casa sozinho, e depois ficar sentado sozinho em um banco da praça, tomando sol pela manhã, ou, se for à noite, ficar na praça olhando o céu, ouvindo ou contando as estrelas do poeta Olavo Bilac, pode ser preso. Eu ouvi isso do vizinho do meu primo, parece que ele viu isso na televisão. Eu não duvido. É por causa das medidas de proteção da saúde pública. Tem que ser assim. É tudo com base na Ciência.
Já que é assim, vamos nos adaptar. Nada de sair sozinho, e ficar em lugares desertos olhando o céu. O melhor mesmo é fazer como fazem milhões de trabalhadores: levantar de madrugada e ir para o trabalho apreciando o nascer do dia em um ônibus lotado, bem lotado mesmo, pois isso ainda é permitido, graças a Deus. Pode ser que o passeio seja desconfortável, mas pelo menos você vai ver o dia clarear sem ser preso. A viagem pode ser perigosa por outros motivos, não por esse.
Num país muito distante
rolavam palavras de ouro
da boca do futuro rei.
O rei sem coroa incendiava o boné
com a luz das estrelas.
À porta das fábricas,
desenhava moinhos,
explicava o trigo,
reinventava o mundo.
Café com pão e fé, ele contava.
A esperança é que contava.
Cansado de outras lavras,
o povo acreditou.
A maioria acreditou,
e mudou o ofício do milagreiro,
o bravo arteiro, feiticeiro de sonhos
e palavras de ouro.
E foi assim
que os melhores alfaiates do reino
ganharam emprego,
para vestir o rei e sua glória,
e tecer a história com invisíveis fios.
Tempos depois
sentiram a falta de alguma coisa,
na palavra mastigada,
na saliva cuspida.
Era uma vez.